terça-feira, 16 de outubro de 2012

COTAS PARA NEGROS NO FUNCIONALISMO PÚBLICO


COTAS PARA NEGROS NO FUNCIONALISMO PÚBLICO

Dia de Alegria!Ao ler as notícias e principalmente a Folha de São Paulo, me emocionei ao saber das ações afirmativas que a nossa Presidenta Dilma Roussef está preparando para anunciar agora em novembro, mês em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra. Tive a honra de transformar o 20 DE NOVEMBRO, feriado na maior cidade da América Latina (São Paulo), lei de minha autoria quando vereadora.

Em 2002, quando pela primeira vez assumi o cargo de vereadora, apresentei e aprovei uma lei denominada PROGRAMA MUNICIPAL DE COMBATE AO RACISMO NA CIDADE DE SÃO PAULO. Esta lei promoveu duros golpes contra os racistas e capitães do mato que mandavam e desmandavam em nosso país. Por incompreensão de alguns companheiros que compunham o governo da Prefeit
a Marta Suplicy na época e que tinham a prerrogativa de vetar alguns artigos, tivemos alguns avanços impedidos de serem concretizados.

Felizmente após 8 anos, a presidenta Dilma me enche de orgulho e felicidade ao anunciar que implementará todas as medidas que aprovei em 2002, no âmbito do governo federal. Penso que, mesmo que minha autoria for omitida, o que é bem provável por aqueles que estão investidos de cargos executivos ou parlamentares, terei sim, muito a comemorar. Convido ao leitor para comparar a íntegra do projeto de Lei que apresentei em 2002 e após muita luta aprová-lo em 2004, com a matéria de capa da Folha de São de 14 DE OUTUBRO DE 2012. Em nome da comunidade negra de todo o país, quero de público, agradecer à Presidenta Dilma Roussef por esta coragem, sensibilidade e reconhecimento da enorme dívida que o Brasil tem para com todos os descendentes de negros africanos escravizados no Brasil.
Com cargo ou sem cargo, nunca desistirei de cobrá-la.

Veja a íntegra da Lei da minha autoria aprovada em 2004, bem como os artigos vetados no PL 590/2.


http://www2.camara.sp.gov.br/projetos/00/00/02/L2/000002L2D.PDF

www2.camara.sp.gov.br

http://www2.camara.sp.gov.br/projetos/00/00/02/L2/000002L2D.PDF
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domingo, 9 de setembro de 2012

Leitura Obrigatória de 2012: Privataria Tucana


                          Com 200 páginas e 16 capítulos que jamais deixam cair seu contundente interesse, PRIVATARIA TUCANA é o resultado final de anos de investigações do repórter Amaury Ribeiro Jr. na chamada Era das Privatizações, promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso, por intermédio de seu ministro do Planejamento, ex-governador de São Paulo, José Serra.
                         A expressão “privataria”, cunhada pelo jornalista Elio Gaspari e utilizada por Ribeiro Jr., faz um resumo feliz e engenhoso do que foi a verdadeira pirataria praticada com o dinheiro público em benefício de fortunas privadas, por meio das chamadas “offshores”, empresas de fachada do Caribe, região tradicional e historicamente dominada pela pirataria.
                       Essa “privataria” toda foi descoberta num vasto novelo cujo fio inicial foi puxado pelo repórter quando ele esteve a serviço de uma reportagem investigativa, encomendada pelo jornal “Estado de Minas”, sobre uma rede de espionagem estimulada pelo ex-governador paulista José Serra para levantar um dossiê contra o ex-governador mineiro Aécio Neves, que estaria tendo romances discretos no Rio de Janeiro. O dossiê teria a finalidade de desacreditar o ex-governador mineiro na disputa interna do PSDB pela indicação ao candidato à Presidência da República, e levou Ribeiro Jr. a uma série de investigações muito mais amplas, envolvendo Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-tesoureiro das campanhas de José Serra e Fernando Henrique Cardoso, o próprio Serra e três de seus parentes: Verônica Serra, sua filha, o genro Alexandre Bourgeois e o primo Gregório Marín Preciado. Serra e seu clã são o assunto central do livro, mas as ramificações e consequências sociais e políticas das práticas que eles adotam são vastas e fazem com que o leitor comum fique, no mínimo, estupefato.
                           Sem dúvida, o brasileiro padrão, mediano, que paga seus impostos, trabalha dignamente e luta pela vida com dificuldades imensas estará longe de compreender o complexo mundo de aparências e essências, fachadas e bastidores da corrupção política e empresarial, e toda a sofisticação desses crimes públicos que passam por “lavanderias” no Caribe, e, neste caso, o estilo objetivo e jornalístico de Amaury Ribeiro Jr. é de grande ajuda para que as ações pareçam inteligíveis para qualquer pessoa mais instruída.
                        Um dos principais méritos do livro é descrever toda a trajetória que o dinheiro ilícito faz, das “offshores” a empresas de fachadas no Brasil, e da subsequente “internação” desse dinheiro nas fortunas pessoais dos envolvidos. Neste ponto, o livro de Ribeiro Jr., embora não tenha nada de fictício, segue a trilha de livros policiais e thrillers sobre corrupção e bastidores da política, já que o leitor pode acompanhar o emaranhado e sentir-se recompensado pelo entendimento.
                       O livro, aliás, tem um início que de cara convida o leitor a uma grande jornada de leitura informativa e empolgante, revelando como Ribeiro Jr., ao fazer uma reportagem sobre o narcotráfico na periferia de Brasília, a serviço do “Correio Braziliense”, sofreu um atentado que quase o matou e, descansando desse atentado, voltou tempos depois a um jornal do mesmo grupo, “O Estado de Minas”, para ser incumbido de investigar a rede de espionagem estimulada por Serra, mencionada no início. É o ponto de partida para tudo.
                                O que este PRIVATARIA TUCANA nos traz é uma visão contundente e realista como poucas dos bastidores do Brasil político/empresarial. O desencanto popular com a classe política, nas últimas décadas, acentua-se dia após dia, e um livro como este só faz reforçá-lo. Para isso, oferece todo um manancial de informações e revelações para que o leitor perceba onde foi iludido e onde pode ainda crer na humanidade, pois, se a classe política sai muito mal, respingando lama, dessas páginas, ao menos o jornalismo investigativo, honesto e necessário, prova que os crimes de homens públicos e notórios não ficam para sempre convenientemente obscurecidos. Há quem os desvende. E quem tenha coragem de revelá-los.
Fonte: Editora Geração Editoria.
                                                                                             
Sinopse disponível no endereço: http://www.sinopsedolivro.net/livro/a-privataria-tucana.html

sábado, 25 de agosto de 2012

História dessa Nossa Guerreira!


 Claudete Alves, uma guerreira.
 Pedagoga, Mestre em Ciências Sociais pela PUC/SP, professora de Educação Infantil e universitária, nas áreas de Pedagogia e Ciências Sociais.
Participa desde a sua adolescência em vários movimentos sociais. É filiada ao PT (Partido dos trabalhadores),desde sua fundação.Participa da construção da CUT (Central Unica dos Trabalhadores).Tem dedicado sua militância nas lutas pela Educação Infantil,Genero e Movimento Negro.
Funcionária Pública Municipal do setor de Educação Infantil, sua militância nessa área a levou  ingressar na direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Paulo, entidade que presidiu por dois mandatos.
Graças a sua experiência e  atuação no movimento sindical, articulou a criação do Instituto Todos a Bordo, organização não governamental que busca combater as discriminações. 
Em fevereiro de 2003, assumiu o Legislativo Municipal como vereadora, tendo como principais áreas de atuação o combate à discriminação racial, defesa dos direitos da mulher, criança e adolescentes e a luta pela oferta de um serviço público de qualidade, com ênfase na Educação Infantil e Saúde.
 Autora da Lei 13.707/04, que instituiu o 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra – como feriado na cidade de São Paulo.
 Proponente, junto ao Ministério Público Federal de uma Representação através da qual requereu o ajuizamento de uma Ação Civil Pública contra o Estado Brasileiro, pleiteando indenização pelos danos causados a todos os Descendentes de Negros Africanos Escravizados no Brasil, que residam no município de São Paulo.
Atualmente Claudete Alves preside o Sedin – Sindicato dos Trabalhadores (as) em Estabelecimentos de Educação Infantil do Município de São Paulo, assessora parlamentar e suplente de vereador pelo PT/gestão 2009 a 2012.

                                                     Original do site http://www.claudetealves.com